
A popularização do mercado musical, através da acessibilidade aos
equipamentos eletrônicos, e aos avanços da tecnologia que garantiram melhorias
nas gravações, proporcionou a democratização da mídia. Pequenas gravadoras
surgiram, gerando oportunidade para pessoas que anteriormente dificilmente poderiam
divulgar seu trabalho. O mercado se abriu para esta nova fatia que surgia, com
a garantia, ainda, de que poderia ser um produto de comunicação em massa, ou
seja, atingir grande parte da população, que até então não era influenciada por
este tipo de produto. Surgiram então novos profissionais do merchandising, para
compor esta equipe que deveria existir para estruturar as novas tendências
comerciais.
Os materiais fonográficos chegavam às gravadores praticamente prontos
sem necessidade de custo para aprimoramento. O valor artístico foi perdido. A
indústria do entretenimento não estava em busca de divulgar uma ideologia, esta
década foi marcada por uma banalização da cultura. A valorização não era do
material fonográfico, mas sim da imagem.
Através da globalização, novos artistas vão sendo influenciados pelos
modismos o que gera uma grande perda para a cultura, pois as referências vão se
restringindo, e a qualidade se perdendo.
Fonte:
LEME, Mônica. Que “tchan” é esse?:
indústria e produção musical no Brasil dos anos 90. São Paulo: Annablume,
2003.
Imagem: <http://abduzido.net/as-melhores-musicas-dos-anos-90/>. Acesso em: 27/03/2012.
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